Operadores turísticos, académicos e representantes de diversas instituições que actuam a diversos níveis, no ramo do turismo no país, estão reunidos desde hoje (02/03), na 1a Conferência Internacional de Turismo, para debaterem formas que visam alavancar o desenvolvimento deste sector. 

Organizado pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo da UEM, localizada em Inhambane, o evento, designado “Conferência Internacional de Turismo e Estratégias para o Desenvolvimento: Redes de Cooperação e Formação” é um fórum de reflexão que pretende produzir respostas concretas para a melhoria dos serviços e destinos turísticos do país.

Falando na abertura do encontro, o Governador de Inhambane, Daniel Chapo, considerou que o efeito multiplicador do turismo impulsiona o desenvolvimento de outros sectores económicos e sociais como a agricultura, agro-negócios, a pesca, a pecuária, a indústria, o comércio, a educação e a saúde, que através da produção de bens e serviços necessários ao turismo aumentam a sua produção e níveis de investimento.

Tal facto, sugere uma actuação conjunta de todos os actores do turismo, desde as comunidades receptoras, os governos locais, o sector público e privado, a academia, a banca e os transportes. "O governo entende que é fundamental que este sector seja assumido por todos como um factor dinamizador da economia local e nacional e espera-se uma certa mudança de atitude por parte de todos nós", frisou.
No que toca ao turismo, o governante afirmou que a nível institucional e político todos os administradores distritais, presidentes dos municípios, secretários dos bairros e líderes comunitários são chamados a educar o povo em redor do potencial turístico existente naquele local e as possibilidades que o povo tem de escolher benefícios derivados da cadeia de valores resultantes do turismo.
Apesar do crescente aumento da oferta de acomodação e restauração no país, Daniel Chapo, disse ser necessário mais investimento em infra-estruturas turísticas, alertando contudo, para uma actuação mais vigorosa dos serviços de inspecção com vista a redução de casos que atentam contra a saúde pública no país e na província de Inhambane, em particular.
No seu discurso, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Orlando Quilambo, afirmou que este evento internacional pretende, entre outros, que se constitua num fórum de apresentação de soluções que o sector do turismo enfrenta.
Segundo Quilambo, através desta conferência a UEM almeja entrar na rede dos grandes debates internacionais sobre o turismo debatendo os maiores assuntos de interesse e preocupação nacional, regional e internacional no sector.
"Julgamos ser oportuno começar a trilhar esse caminho agora, na certeza de que o começo é um compromisso para seguir em frente e dessa forma a Universidade Eduardo Mondlane tem uma contribuição a dar para fazer constar Moçambique e Inhambane no panorama de eventos científicos internacionais sobre o turismo", disse.
De acordo com o Reitor, o continente africano poderá receber, no seu todo, 1.4 biliões de turistas em 2020 e perto 1.8 biliões em 2030. Perante esta previsão, Quilambo disse ser necessária a tomada de medidas locais, nacionais e internacionais que possam beneficiar os países receptores, onde Moçambique almeja tornar-se destino preferencial.
Segundo disse, o turismo em Moçambique está a desenvolver-se sem o acompanhamento desejável entre os diferentes sectores. Por isso, acredita ser fundamental a criação de pontes de ligação entre os diferentes actores do turismo abrindo, deste modo, uma maior intervenção entre os profissionais do sector e da academia no sentido de reduzirem-se, cada vez mais, as decisões políticas e administrativas com deficiência de evidência científica sobre o sector.
Na sessão que marcou o arranque oficial do evento, Raúl Filipe, Presidente da Escola Supeiror de Turismo de Estoril - Portugal, advertiu aos participantes que os turistas de hoje são informados e exigentes e com tendências para fazerem comparações. Por isso considera ser de crucial importância a formação dos seus intervenientes para que possam fazer a diferença no mercado e oferecer satisfação aos clientes.
"Satisfação é o produto mais importante que vendemos em turismo. E esta é sempre a diferença entre a expectativa do turista e aquilo que podemos proporcionar. Nunca podemos nos esquecer que o turista de hoje tem expectativas muito elevadas", frisou.
Temas como a importância das organizações locais de turismo e implementação de planos de turismo; gestão turística e hoteleira no século XXI: tendências nos modelos estratégicos e operacionais de gestão mereceram hoje o debate.

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